O cristianismo vai conceber a ética e a moral por meio da relação do homem com Deus, introduzindo o conceito de “dever”. Desse modo, organiza, por meio da fé e das noções de livre arbítrio e bem e mal, a vida ética.
- O cristianismo se constrói como uma religião universal. Nesse período, geralmente as religiões eram ligadas por apenas alguns grupos étnicos.
- Portanto, a ideia que o cristianismo tem de virtude vai trabalhar necessariamente a partir do pensamento grego
- Para os gregos, ética e politica são inseparáveis
- Mas o cristianismo não, os cristão vão dizer que a ética não tem nada haver com a polis, a ética é uma relação pessoal com Deus. Ou seja, liga a fé e a caridade, portanto estou ligando ao mundo privado. Essa é basicamente a ideia.
- Para os gregos, a vontade dirigida pela razão chega a felicidade
- Os cristãos partem do principio de que somos seres de livre arbítrio, mas ele vai partir de um cenário bíblico, portanto da revelação divina. Nós viviamos com Deus e hoje não mais.
- Portanto, essa nossa vontade ela é necessariamente indicativa que nós escolhemos os bens inferiores. Ou seja, significa que nós escolhemos o mal
- O mal para o cristão é ausencia de perfeição, ausência de bem.
- Portanto, revela que nós somos seres caídos, fracos, insuficientes. Nada que façamos é pleno, por isso a gente sempre faz o mal.
- Ou seja, somos incapazes de realizar o bem. Mas por que? Porque a nossa vontade de ir pelo livre arbítrio foi pervertida
- Se ela foi pervertida, pra sobreviver nesse mundo que não faz sentido nós precisamos do auxilio divino
- Deus se mostra através da lei divina
- Então a virtude cristã significa CUMPRIR o dever que é ordenado por Deus através da lei divina
- Portanto, o cristianismo é uma religião de interioridade. Então a lei divina entra em nós, no nosso coração.
- Até nossas intenções invisíveis Deus é sabedor das mesmas
- Então, esse caminho dado por Deus é um caminho seguro para a nossa vontade
- Portanto, a ética pressupõe o sujeito autônomo
- Existe uma heteronomia, ou seja, um outro que vai criar as leis que vai nos determinar
- Portanto, o cristianismo colocou uma visão nova para a filosofia
- Kant novamente introduz a razão na ética
- Ele vai partir do principio de que todos nós humanos somos egoístas, ambiciosos, cruéis, destrutivos, agressivos.
- Ou seja, temos uma natureza em nós que não nos permite que nós sejamos seres morais.
- Ele vai ter o seguinte olhar sobre a razão teorética e razão pratica
- A razão teorética significa que nós agimos por necessidade, isso é, causa e efeito, isso implica em causalidade. Portanto, razão teorética implica em natureza
- A razão prática está ligada a práxis, a ação por finalidade. Ou seja, liberdade. É o poder racional e a lei moral instalados por nós mesmos. Eu vou escolher os fins morais e impô-los em mim mesmo.
- Essa questão é colocada por Kant como DEVER
- (os cristãos colocavam o dever como algo externo a mim, isto é, a lei divina)
- Kant vai dizer que os fins morais são determinados por nós mesmos e nós impomos esses deveres a nós mesmos, ele vai chamar isso de LIBERDADE.
- Liberdade para Kant é obedecer a si próprio, agir por autonomia
Por que os valores morais não são espontâneos em nós?
É obvio que não são porque nós somos seres naturais, agimos por interesse, egoismo. Portanto, a razão prática vai ter que dobrar a natureza em nós. E vai ter que impor o dever.
- A ética aparece para Kant como dever, mas ela é uma ação voluntária
- Somos "obrigados" a sermos livres. Por quem? Por nós mesmos.
- O que seria então a virtude Kantiana? Força da vontade para cumprir o dever
Obrigado Amandaa!!!(◑‿◐)
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