Bandeirantes paulistas: heróis ou vilões?
Monumento às Bandeiras (1954), na cidade de São Paulo, de autoria do escultor Victor Brecheret.
O monumento, que é cartão-postal da cidade, é uma homenagem aos bandeirantes paulistas.
O monumento de Victor Brecheret em homenagem aos bandeirantes, em São Paulo, recentemente amanheceu pichado; nele alguém escreveu a palavra “assassinos”. Por que, se os livros didáticos destacam o papel fundamental das Entradas e Bandeiras no processo de expansão do território brasileiro para muito além da linha de Tordesilhas? Seriam os bandeirantes vilões, em vez de heróis?
Vamos encará-los como homens de seu tempo. Violentos e destemidos, com sua visão de mundo e sua coragem, eram produto da pobreza e do isolamento e estavam em luta pela subsistência num ambiente guerreiro. Não criavam raízes. Lançaram-se a escravizar indígenas e procurar ouro. Aprenderam a sobreviver nas selvas e aceitaram destruir quilombos de escravos fugitivos. Mataram padres, índios e negros, e expandiram as terras portuguesas, contribuindo para o povoamento de novas áreas nas terras que no futuro seriam o Brasil.
Origens das Bandeiras: Capitania de São Vicente.
Economia de subsistência → isolamento e pobreza.
Desenraizamento da população vicentina.
Bandeiras de Apresamento: escravização de indígenas.
Destruição das Missões jesuíticas do sul (Tape, Guairá e Itatim).
Bandeiras de Prospecção: busca de metais e pedras preciosas.
Descoberta do ouro → novas capitanias: Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.
Sertanismo de contrato: destruição de quilombos.
Destruição de Palmares por Domingos Jorge Velho. Morte de Zumbi (1695).
Consequências importantes: expansão territorial / interiorização do povoamento.
Monções: expedições bandeirantes que utilizavam os rios para adentrar os sertões.
- Os Bandeirantes empreenderam várias expedições denominadas de bandeiras.
- Estas reuniam indivíduos que iam aos sertões coloniais com a intenção de capturar indígenas para uso como mão de obra escrava.
- Nestas primeiras expedições, o armamento básico utilizado eram arco e flecha (mesmo poderio bélico de muitos indígenas que se intencionava capturar).
- Por conta de seus propósitos, muitas bandeiras se constituíram como verdadeiras expedições de apresamento.
- No contexto da União Ibérica (1580-1640), os bandeirantes ultrapassaram os limites do Tratado de Tordesilhas (1494) e ampliaram os domínios portugueses na América.
Na segunda metade do século XVII, o contexto de crise econômica que assolou o Império Português na Europa e suas possessões ultramarinas na América e na África foi desencadeado por uma série de investidas de outras nações. Colônias na África foram tomadas pelos holandeses e o açúcar brasileiro enfrentava a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas. Naquela situação, a Coroa portuguesa estimulou a procura por metais preciosos em suas colônias. As bandeiras somaram-se à expedições oficiais financiadas pela própria Coroa denominadas de Entradas. Mas quais eras suas diferenças?
As entradas podem ser consideradas como expedições oficiais de exploração do território na busca por suas potencialidades econômicas. As bandeiras podem ser tomadas como expedições fortemente armadas organizadas por particulares. Os principais objetivos dessas expedições foram a busca por mão de obra indígena; guerras e escravidão de muitos indígenas hostis à colonização; localização e destruição de quilombos formados por negros e indígenas fugidos dos núcleos coloniais e a busca por metais preciosos.
Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista. Pintura de Benedito Calixto, 1903. |
Atividades e importância histórica
Estes homens, que saiam de São Paulo e São Vicente, dirigiam-se para o interior do Brasil caminhando através de florestas e também seguindo caminho por rios, o Rio Tietê foi um dos principais meios de acesso para o interior de São Paulo.
Estas explorações territoriais eram chamadas de Entradas ou Bandeiras.
- Entradas eram expedições oficiais organizadas pelo governo
- Bandeiras eram financiadas por particulares (senhores de engenho, donos de minas, comerciantes).
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